
Um filme com temas polêmicos até para os dias de hoje. "A mulher de todos" de Rogério Sganzerla, nasce em 1969, mostrando a mente de um cineasta a frente do seu tempo.
Ao narrar a história de uma mulher casada com um homem rico, e que o trai com vários homens, o diretor poderia não estar inovando, mas apenas utilizando de mais um típico roteiro sobre relacionamentos. Porém tudo isso é apresentado aos olhos de um “Cinema de Autor”, onde o personagem torna-se mais importante que a história.
Essa é Ângela Carne e Osso, na brilhante interpretação de Helena Ignez, que deixa o expectador impressionado com seus atos e seu texto. Ângela não está apaixonada por nenhum dos seus amantes, mesmo assim mantém com todos uma espécie de relação de dominação. Até o detetive, contratado por seu marido Doktor Plirzt ( Jô Soares ), cai nos encantos da loira, que convida seus homens a passar um final de semana na Ilha dos Prazeres.
Plirzt é o marido traído, desconfiado e apaixonado pela “heroína” da película. Um empresário em ascensão financeira e extremamente arrogante com seus funcionários. Ao descobrir a traição de sua esposa, a coloca junto a um dos seus amantes numa bola gigante, que joga ao mar.
Apesar do final “trágico” para a protagonista, o filme é intensamente engraçado e prende a atenção do expectador com fatos, como, por exemplo, um casal na praia, sem função narrativa alguma, que passa uma significativa parte da história brigando, enquanto a mulher pede uma cuba.
Sganzerla consegue com este filme trazer polêmica e sátira ao cinema
brasileiro. Fazendo com que a paixão do público por Ângela aumente a cada dois minutos.
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