terça-feira, 29 de setembro de 2009

"A mulher de todos" por Ruana Pedrosa


Um filme com temas polêmicos até para os dias de hoje. "A mulher de todos" de Rogério Sganzerla, nasce em 1969, mostrando a mente de um cineasta a frente do seu tempo.
Ao narrar a história de uma mulher casada com um homem rico, e que o trai com vários homens, o diretor poderia não estar inovando, mas apenas utilizando de mais um típico roteiro sobre relacionamentos. Porém tudo isso é apresentado aos olhos de um “Cinema de Autor”, onde o personagem torna-se mais importante que a história.

Essa é Ângela Carne e Osso, na brilhante interpretação de Helena Ignez, que deixa o expectador impressionado com seus atos e seu texto. Ângela não está apaixonada por nenhum dos seus amantes, mesmo assim mantém com todos uma espécie de relação de dominação. Até o detetive, contratado por seu marido Doktor Plirzt ( Jô Soares ), cai nos encantos da loira, que convida seus homens a passar um final de semana na Ilha dos Prazeres.

Plirzt é o marido traído, desconfiado e apaixonado pela “heroína” da película. Um empresário em ascensão financeira e extremamente arrogante com seus funcionários. Ao descobrir a traição de sua esposa, a coloca junto a um dos seus amantes numa bola gigante, que joga ao mar.

Apesar do final “trágico” para a protagonista, o filme é intensamente engraçado e prende a atenção do expectador com fatos, como, por exemplo, um casal na praia, sem função narrativa alguma, que passa uma significativa parte da história brigando, enquanto a mulher pede uma cuba.

Sganzerla consegue com este filme trazer polêmica e sátira ao cinema
brasileiro. Fazendo com que a paixão do público por Ângela aumente a cada dois minutos.

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