domingo, 30 de outubro de 2011

"Silvia Prieto", por Olga Ferraz


O filme exibido numa sessão do cineclube Dissenso trás uma espécie de filme do meio de uma suposta trilogia de filmes do diretor argentino Martín Rejtman. Dentre seus principais filme podemos falar de também de Rapado e Los guantes Mágicos. Silvia Prieto é um filme importante para o cinema argentino, pois marca o início de uma nova era desse cinema, nos anos noventa. Trazendo um recorte da vida da protagonista, com várias cenas de humor meio bobo, e cotidiano banal o filme se constrói sobre alguns pilares.

Primeiro conhecemos a personagem e somos informados que ela está decidida a mudar seu estilo de vida. Vira garçonete, compra um canário e decide parar de fumar maconha. Um dia num café conhece um sujeito, que a paquera e lhe empresta um casaco para que não sinta frio, mas ela termina indo embora com ele. Muito fechada para ter um relacionamento, ela reluta em não deixar que um novo homem entre em sua vida, mas aos poucos ele ganha espaço e termina ficando com o tal casaco. Acontece que o ex-marido de Silvia conhece Brite, que é a ex-mulher do rapaz que ganhou o tal casaco.

Outro ponto chave na trama é quando Silvia descobre que existe outra mulher com o mesmo nome que o dela. Depois de alguns telefonemas truncados, elas marcam e se encontram numa espécie de café. Parece-me um pouco do conceito de Acaso utilizado neste momento (bem como no cruzamento dos antigos e novos casais formados), gerando uma história cômica e com rumos inesperados.

Com uma trama toda entrelaçada o direto conduz este recorte de uma vida corriqueira de maneira leve e engraçada. Mostrando um pouco da relação entre as pessoas e a cidade.

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